quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Mediunidade Reflexo X Transtornos Psicológicos

                               
...As criaturas denominadas ecos do mundo são aquelas que estão na Terra à mercê de tudo o que as rodeia. Estão envolvidas, inconscientemente, por coisas, pessoas, situações e fatos, como folhas perdidas ao vento na imensidão de uma planície. Elas desconhecem as raízes de suas reações emocionais e ignoram as energias que chegam em seu campo sensório...
A Imensidáo dos Sentidos – Francisco do Espírito Santo ditado por Hammed


A mediunidade tem como característica básica a sensibilidade aguçada para captar energias circundantes das dimensões sutis, sejam de espíritos encarnados ou desencarnados, de ambientes e de objetos.
O médium é um canalizador e, como tal, pode recepcionar as mais diversas emoções e diferentes pensamentos, plasmados no oceano energético que compõe o mundo sutil. Lembrando, todos somos médiuns em variados graus.
O espírito encarnado recebe as emanações fluídicas dos planos energético e astral, por meio de seus chacras, vórtices psicoenergéticos que constituem a parafisiologia do ser multidimensional.
Os transtornos psicológicos têm uma relação íntima com a desarmonia mediúnica, quando avaliados sob a ótica transpessoal.
A conexão entre as dimensóes segue a lei da sintonia.  Pessoas que vivem somente no ego têm uma tendência a desajustes psíquicos e emocionais, devido ao seu comportamento adverso à comunhão com a espiritualidade e com a natureza.
Na Medicina Tradicional Chinesa aprendemos que o homem deve procurar estar em harmonia com as energias telúricas e celestiais para que haja equilíbrio e saúde integral. O ch’i (energia) flui de forma correta e equilibrada quando admitimos a nossa interação com o Todo e praticamos o Tao.
O espírito que não reconhece a interação constante entre todas as coisas, em suas relações com a vida e com os outros, provavelmente está com seu campo aberto a todo tipo de energia. Está descuidado e de portas abertas, porque não compreende que não é uma ilha, como alguns acreditam.
A separatividade que o ego impõe provoca a deficiência dos sistemas físico e energético, altera o metabolismo, sua imunidade, entre outras consequências, pois o sistema endócrino está associado aos plexos nervosos e chacras. O espírito recebe as emanações sutis por meio dos chacras e o corpo físico se ressente das energias deletérias.
No campo psíquico, o individualismo exacerbado, transforma a mediunidade num campo aberto  e sem  dono às energias circundantes, em especial, as mais densas que, com maior facilidade adentram seu psiquismo. O médium passa a compartilhar de pensamentos e emoções alheias e doentias que, aos poucos, tomam conta de sua aparelhagem mental e mediúnica. Seu comportamento passa a ser dominado por um emaranhado de estímulos que parecem enlouquecê-lo, pois  desconhece seu potencial mediúnico e não tem como tomar posse de si mesmo.
São interferências que o espírito encarnado sofre por não estar consciente de sua mediunidade e que minam sua capacidade de autocontrole.
A inter-relação entre médium e psiquismo, tem via de mão dupla, visto que a predisposição psíquica para o desequilíbrio irá determinar o grau de desordem mediúnica. Em vidas passadas encontramos as causas da predisposição citada.
Espíritos que há milênios vivem, vida após vida, no egoísmo, nos vícios, na ilusão da matéria, desprezando as oportunidade das reencarnações, trazem o corpo emocional e mental desarmonizados. Acumula em seu perispírito energias deletérias que são expurgadas em sua vida atual, como uma benção. O espírito é incentivado a mudar seu padrão vibratório para  restaurar sua aura “doente”.
Essa condição eu denominei de Mediunidade Reflexo. Sem autoridade sobre si mesmo, o médium se torna reflexo de todas as energias que incorpora e que lhe causam os transtornos psicológicos de todas as espécies.
Incorporar a si mesmo o libertará da Mediunidade Reflexo. O médium, por meio da autoconsciência, adquirirá os recursos necessários para sair dessa situação de desequilíbrio.
Sabemos que há uma infinidade de graus mediúnicos que diferem conforme a evolução do espírito e seu estado vibratório.
Um médium  ostensivo e de prova, ou seja, com mediunidade de alto grau, devido a má conduta de vidas anteriores e que tem uma aparelhagem física e parafisiológica diferenciada da grande maioria, está muito mais submetido as influências energéticas. Nesse caso, defrontamos com uma enormidade de pessoas diagnosticadas com transtornos psicológicos agravados pela falta de entendimento da verdadeira causa, que está muito mais atrelada a sua multidimensionalidade desajustada.

Todos estamos submetidos à lei de causa e efeito e, não há como se apaziguar com o Todo, sem que se apazigue consigo mesmo.

O processo de cura  do ser integral, realiza-se por uma vivência consciente. A autoconsciência implica em reconhecer nosso estado de espírito atual, com sinceridade, sem esconder as imperfeições ou sombras que ainda nos movem, mesmo que secretamente. É um caminho de autoconhecimento, pelo qual admitimos nossa dualidade.

Assumir humildemente nossa condição de meros aprendizes, sem pretensão nenhuma... Viver aqui e agora, simplesmente, totalmente, profundamente...
No presente descobrimos a nós mesmos e a nossa mediunidade se aflora como lótus do pântano.

Quando o homem assumir sua essência espiritual e sua conexão com a natureza, poderá despertar para a visão transpessoal. Sentir-se uma ilha, provém do fato de que sua visão é limitada. Expandir a consciência é o mesmo que olhar para o nosso planeta lá de longe, de uma nave estelar. Então o homem verá que a ilha faz parte de um Todo.

Seja Amor!


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Por que afirmações positivas não curam?


“(...)Ora, não credes que basta pronunciar algumas palavras para afastar os maus espíritos, guadai-vos, sobretudo, de vos servirdes de uma dessas fórmulas banais, que se recita para desencargo de consciência; sua eficácia está na sinceridade do sentimento que a dita; está, sobretudo, na unanimidade da intenção(...)”.
Livro dos Médiuns – Allan kardec

Ouço, atualmente, muitas pessoas falarem sobre as “afirmações positivas”,  verbalizadas ou não e o poder que elas têm em alterar uma situação desarmônica, trazendo equilíbrio e saúde.
As palavras quando proferidas ou mentalizadas não possuem muito “poder” se não incorporadas pela essência interior. Precisamos compreender que toda mudança que almejamos em nós mesmos e em nossa vida, depende de abandonarmos o nosso ego, para acessarmos um estado de consciência capaz de alterar o padrão vibratório.