terça-feira, 24 de setembro de 2013

Religião e Preconceito


Ah! Salve a falange dos Pretos-Velhos!

São os espíritos mais evoluídos e sábios que pude ouvir e sentir em meu coração.

Eles ensinam o caminho do abandono do ego para a iluminação.

Quanto mais humildes nos tornamos mais sabedoria trazemos.

Quanto menos nos preocupamos com a aparência pessoal, mais nos conectamos com o todo.

Não devemos julgar a evolução de um espírito pela polidez das frases, que podem estar mascaradas. Palavras rebuscadas, muitas vezes, não tocam o coração.

Os pretos-velhos, com vocabulário simples e comum, trazem em cada palavra um sentimento de amor compassivo, que nos atinge o coração. A sabedoria de suas frases amorosas.

Eles ensinam a nos desfazermos das considerações preconceituosas, a nos libertarmos de valores limitantes, da norrmose das religiões. Regras e normas pautadas em preconceitos materiais, em julgamentos humanos.

Os pretos-velhos tem o dom de curar as doenças da alma, causadoras das doenças humanas.

Os pretos-velhos são um exemplo de destituição do sentido egoico. Sem caprichos, vaidades, apegos.

Ouvi dizer de um célebre espírita, que não há sentido o espírito do preto-velho se apresentar dessa forma, mancando, falando errado... É triste constatar que na esfera da doutrina espírita tenham pessoas com essa visão tacanha.

Eu sempre serei uma defensora pública dos pretos-velhos e das outras falanges da Umbanda. Sou contra a normose religiosa.

Conceito criado e desenvolvido por Jean Ives Leloup, Pierre Weil e Roberto Crema, a normose é uma patologia causada pelo consenso de um conjunto de hábitos considerados normais e que, na realidade, são patogênicos e levam à infelicidade e à doença.

A causa da normose são o pensamento e a atitude egoica que prevalece em grupos de toda espécie, visto que a infelicidade e a doença são o resultado da separatividade do ser.

O dogmatismo religioso contém princípios e fundamentos que devem ser seguidos,  por todos os adeptos, sem a possibilidade de revisão e questionamento dos mesmos. Isso significa que, são interpretações humanas que moldam as religiões.

No ocidente, quantas religiões se disseminaram, interpretando de formas variadas as parábolas de Jesus? Quanto mais a civilização progrediu culturalmente e tecnologicamente, mais distante de Deus ela ficou.

Suas interpretações sobre a espiritualidade, se afastaram da sabedoria trazida pelos mestres através dos tempos, se tornaram materialistas, fundamentalistas, egoístas e portanto separatistas.

Na idade Média, a Inquisição se valeu da ignorância do povo e de seu poder para aniquilar os bruxos, pensadores e artistas.

Até hoje, se falar que sou bruxa, é provável que queiram me colocar na fogueira!

E se eu disser que incorporo o espírito de uma preta-velha...

A transreligiosidade é um novo conceito que nos traz a superação dos dogmas da normose religiosa e do ego que nos integra ao sentido transpessoal de unidade.

No caminho da evolução humana, esse novo conceito vem substituir e trazer ao planeta de expiação e provas o impulso necessário para a continuidade de sua transformação para um planeta de regeneração.

O milagre está nas mãos e no coração da própria humanidade, dos espíritos que encarnam em Gaia, através do despertar da consciência cósmica que os habita.

Sejamos os protagonistas dessa transformação que aguardamos alcançar!

Om Shan!

Nadya Prem