terça-feira, 6 de agosto de 2013

Será que sou Médium?


A mediunidade está presente em todas as pessoas. Certamente a grande maioria não sabe que é médium e também nem imagina como perceber os sentidos que lhe são sutis.

Presas à matéria e aos cinco sentidos, as pessoas vivem de maneira automática e se entregam à cultura de uma sociedade consumista e ansiosa. Submetidos à ilusão dos pensamentos e desejos que geram o afastamento do momento presente e de si mesmo.

Toda nova perspectiva exige uma libertação do ser e tem como premissa o não julgamento e a quebra de preconceitos.

Muitos não compreendem a mediunidade como algo natural, inerente ao ser.

Para sentir o dom mediúnico é necessário a mudança de paradigmas e o abandono de crenças limitantes, que por si só, anulam quaisquer possibilidades de novos conhecimentos e práticas.

Para a prática mediúnica, o primeiro passo é o aquietamento da mente inferior, para que venham à tona outras sensações e sentidos.

Abrir os canais mediúnicos requer disposição, boa vontade, estudo e acima de tudo transformação interior.

As pessoas estão envolvidas, em grande parte, por um véu energético que impede o processo de integração mediúnica.

É fundamental o questionamento, não do novo e do que vai além de nossas limitações, mas o questionamento de nós mesmos, de nossos valores.

Teimar em não aceitar o que nos fere os antigos padrões que até então sustentaram nossa personalidade, é uma defesa primária do corpo emocional. É uma barreira inicial a ser transposta em qualquer processo de mudança e aprendizado.

Apenas acreditar não basta para acessar os sentidos sutis.

Você pode dizer que acredita ser médium, mas para sentir seu dom você terá que percorrer o caminho que lhe levará às outras dimensões.

Ir de encontro à espiritualidade é como alçar voo para a liberdade.

O autoconhecimento é a chave mestra do entendimento mediúnico.

Saber distinguir qual o pensamento que é próprio de sua mente e qual o pensamento que lhe é sugerido por outros seres; perceber as sensações de seu corpo energético e físico; sentir a energia que emana ao seu redor.

A mediunidade traz até hoje, entre muitos céticos, o estigma de ser chamada de bruxaria, no sentido pejorativo da palavra.

O médium ostensivo, que possui mediunidade em alto grau, é visto com desconfiança.

Como no período em que viveu o espírito de Joana DArc, grande médium morta e queimada na fogueira, sob acusação de bruxaria; ainda trazemos o fantasma da época da Inquisição em nossas entranhas espirituais.

Resquícios da Igreja Católica que impedem a libertação das crenças sobre o bem e o mal, castigo e redenção.

O espiritismo que muito contribuiu para extirpar os preconceitos e a ignorância espiritual, também traz em seus bastidores, a desvalorização da mediunidade, caindo nas rédeas do preconceito.

Tratando o médium ostensivo como um pecador a pagar seus castigos através da tarefa mediúnica, a doutrina tende a perdê-los, cada vez mais.

A mediunidade precisa ser encarada não apenas no contexto religioso. Não deixando de lado a importância do desenvolvimento mediúnico pautado na renovação interior, tem que se ir mais adiante.

Mediunidade ou bruxaria, como queiram, é um dom divino que trazemos para a vida terrena e que nos conecta ao mundo de onde partimos e para onde retornaremos com a morte física.

Conhecer a si mesmo e viver plenamente através da transformação alquímica que ocorre a cada reencarnação é o nosso propósito de vida.


Através do entendimento mediúnico se trilha o caminho rumo ao conhecimento integral do ser que interage, quase sempre inconsciente, em tantas dimensões além da matéria.

Namastê