“No número dos escolhos que apresenta a prática do espiritismo, é preciso colocar, em primeira linha, a obsessão, quer dizer o império que alguns espíritos sabem tomar sobre certas pessoas. Ela não ocorre senão pelos espíritos inferiores que procuram dominar; os bons espíritos não impõem nenhum constrangimento; eles aconselham, combatem a influência dos maus, e se não os escutam se retiram. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles sobre os quais fazem suas presas; se chegam a imperar sobre alguém, se identificam com seu próprio espírito e o conduzem como uma verdadeira criança.” Livro dos Médiuns cap. XXIII – Allan Kardec
Escrito há mais de 150 anos atrás, o Livro dos Médiuns
descreveu a obsessão espiritual. A influência que um espírito pode exercer
sobre outro, prejudicando e desequilibrando sua saúde física, psicológica e
espiritual só acontece a partir de uma sintonia que se cria entre ambos,
conectando-os energeticamente.
As obsessões são como um processo de vampirização.
O espírito obsessor vampiriza sua vítima, retira-lhe as
energias, enfraquecendo e desequilibrando o obsediado.
É importante saber que nenhum processo obsessivo ocorre sem
que haja um campo aberto por parte do obsediado desavisado.
O obsessor pode ser um espírito desencarnado ou encarnado,
com uma ideia fixa, uma perseguição insistente por outra pessoa, seja por
paixão ou por ódio.
Os ataques obsessivos podem ser atenuados e evitados através
do “Orai e Vigiai”, compreendendo nessa frase seu verdadeiro sentido.
Somos energia
vibrando e estamos conectados energeticamente uns aos outros. Trocamos,
captamos e distribuímos energia. Podemos ser sugados energeticamente, podemos
sugar a energia alheia.
Sai Fora Capeta!
Nenhum obsessor será convencido de se afastar de sua vitima
pelo grito. A força que se impõe ao obsessor, não é física, é energética e
espiritual. A força do amor e da luz que predomina sobre as sombras. Para o
obsessor quanto mais histeria melhor.
Entendendo a obsessão
através do Budismo
O Budismo ensina que a causa de todo sofrimento vem do
desejo. Apego pelo objeto de desejo e aversão pelo que não se quer. Querer ter
e não compreender a impermanência de todas as coisas, causam sofrimento.
A prevalência do ego sobre o espírito de união e compaixão
gera os transtornos obsessivos.
Vampiros energéticos
O obsessor sempre será também um vampiro energético, assim
como todo vampiro energético também é um obsessor.
Alguém que se senta ao lado de outra pessoa e não para de
falar de si mesma, é um exemplo simples de vampirismo energético. É um tipo de
obsessão fácil de reconhecer, normalmente temporária, findando com o término do
monólogo. Quando a pessoa se afasta, a outra sente um grande alívio e ao mesmo
tempo, sente-se cansada e sem energia.
O obsessor é sempre um egoísta que tem um desejo
insatisfeito e que escolhe um alvo para atacar, seja ele o fruto de seu desejo
ou não. Um excesso de apego move o obsessor que escolhe sua vitima para se
vingar, por ódio ou paixão.
O obsessor nem sempre é consciente do prejuízo
acarretado. Ele pode estar junto do
obsediado achando que pode ajudá-lo estando por perto, por não ter o
entendimento da espiritualidade e não se conformar com o afastamento temporário
que a morte física causou em sua relação com o ser amado.
Por isso, não concordo em chamá-los de maus espíritos, em muitos casos a ignorância seria um termo
melhor empregado para defini-los.
Alguns espíritos quando desencarnam e não aceitam sua
condição podem se tornar obsessores dos familiares que continuam encarnados; principalmente
quando o encarnado sem conhecimento espiritual, não ora por aquele que se foi e
o chama com tristeza e sofrimento.
A grande maioria das obsessões simples acontece porque o
espírito desencarnado continua extremamente ligado as coisas da matéria e para
se manter próximo do mundo físico, aproxima-se de pessoas que possam lhe
proporcionar os prazeres que usufruía quando encarnado. Normalmente esses
prazeres estão relacionados com os vícios de toda ordem. As drogas, os excessos
da gula, sexo, maledicência, ganância, desejo de poder e tantos outros pensamentos, sentimentos e
atitudes desajustados.
Existem as falanges do Umbral que buscam sedentas os gozos
terrenos e se aproveitam dos encarnados fragilizados, desequilibrados, que
deixam suas portas abertas aos obsessores.
Que fique claro que as obsessões
não ocorrem apenas do lado de lá para o lado de cá, mas também entre os
encarnados, entre os desencarnados e dos encarnados para os desencarnados.
Estamos todos ligados uns aos outros e precisamos
compreender a importância de fazer prevalecer a energia benéfica que brota do
amor incondicional do eu superior, da consciência divina e iluminada que há em
nós.
O Buda que nos habita emana a
luz e dissipa as sombras. Somos cocriadores e responsáveis pela transformação
do planeta a partir de nossa transformação pessoal.
Se quer evitar as obsesões seja no papel de obsediado ou de
obsessor, busque o autoconhecimento e a iluminação. Primeiro aceitando e
acolhendo suas imperfeições, olhando e compreendendo amorosamente sua sombra.
Tomar consciência de si mesmo através da expansão da consciência, se perdoando, se amando e compreendendo que a escolha é sempre sua.
Salve!
Tomar consciência de si mesmo através da expansão da consciência, se perdoando, se amando e compreendendo que a escolha é sempre sua.
Salve!
Nadya Prem
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